QUANDO ENCONTRAMOS O INESPERADO
O Japão meio que virou meu mundo de cabeça pra baixo, mudando muito dos meus conceitos.
A começar por minha aversão por metrópoles, que caiu por terra quando conheci Tokyo, maior concentração populacional do mundo. A Grande Tóquio, possui aproximadamente 37.000.000 de habitantes.
E o que poderia dizer de Kyoto? Quando fiz meu roteiro quase a tirei dos planos porque não queria me perder por uma cidade do tamanho dela.
São esses pré julgamentos que quase deixei de aproveitar uma cidade, uma cidade linda, amigável, cultural, dinâmica, e lá vai elogios...
Kyoto me desarmou, quando vi já estava perdidamente apaixonada por essa mega cidade.
Com uma população estimada em 1,5 milhões de habitantes e forma, junto de Osaka e Kobe, a segunda maior região metropolitana do mundo, com mais de 18,6 milhões habitantes, é conhecida como o "coração do Japão", e como coração pulsa muito forte, em um ritmo muito acelerado.
Mesmo com esse tamanho todo Kyoto é fácil de se localizar. Se estendendo por uma planície e com seus prédios mais baixos, não apresentando os enormes arranha-céus de Tokyo, o que é fantástico.
Os prédios têm limite de altura e tem muitas casas tradicionais, o que dá um ar nostálgico e tradicional à cidade. Um charme à parte.
Os meios de transportes, foi onde usei mais ônibus, são ótimos. Não dá para se perder pois eles estão sempre informando onde estamos e para onde vamos e as paradas pela frente, em japonês, chines, Inglês.
Kyoto é uma cidade muito grande e as atrações turísticas ficam bem distantes umas das outras Então vai ter que pegar ônibus e/ou táxi ou gastar em muito a sola do pé.
UM POUCO DE HISTÓRIA
Fundada no Século I, foi a Capital do Japão Imperial até 1868, quando a Capital do país passou a ser Tókio, chamada de Edo.
Apesar de ocupada há muitos séculos, foi só no século VI que surgiu seu primeiro registro, quando lá foi construído o Santuário de Shimogamo.
A Kyoto Moderna começou a se formar em 1889, com a construção do Canal do Lago Biwa. Em 1932, a população da cidade já passava de 1.000.000 de habitantes.
Durante a Segunda Grande Guerra Mundial, dizem que os Americanos chegaram pensar em lançar uma Bomba Atômica em Kyoto, por ser o Centro Intelectual do Japão e por ter moradores o suficientes para persuadir o Imperador a se render.
O uso da Bomba Atômica, aliás, teve esse motivo, a Rendição dos Japoneses, pois os Japoneses não queriam sair da Guerra. No fim das contas mudaram o destino desta Bomba para Nagazaki.
Apesar de ser bombardeada, foi menos do que outros lugares, assim Kyoto conseguiu manter grande parte de sua Arquitetura e História, como as Casas Antigas conhecidas como Machiya.
A ESTAÇÃO DE KIOTOVocês bem lembram o quanto fiquei apaixonada pela Estação de Tokyo e bem, agora tenho mais uma paixonite!😍😍
A Estação de Kioto já é uma atração, sendo super moderna, em contraste com a maioria desta antiga cidade.
Vale a pena conhecer seu Sky Walk, passarelas de vidro; o Supermercado Japonês dentro da loja Isetan; o piso dos Restaurantes, passar no Centro de Turismo.
E para comer: a) no sétimo andar do Isetan estão alguns restaurantes; b) os restaurantes mais baratos estão no subsolo; c) para comer bem e barato tem que ir para a Praça de Alimentação que fica no segundo ou terceiro andar do subsolo da Isetan, o Supermercado Japonês, também fica aí;
Me diz que essa estação não é o paraíso na terra!💞💞💞
AS ATRAÇÕES DE KYOTO
O palácio Imperial fica dentro um grande parque muito bem arborizado sendo um ótimo lugar para picnic e cheguei a ver uma escola fazendo o seu embaixo das grandes árvores.
Ao final de uma grande alameda encontramos o muros externo do Palácio com sua entrada principal. Acredito que o muro seja feito de estuque pela sua forma.
O Interior do Palácio Imperial
Desde que foi construído pela primeira vez em 794, o palácio foi destruído e reconstruído oito vezes, seis delas durante os 250 anos de longa paz do período Edo. A versão atual, reformada após um incêndio, foi concluída em 1855. A arquitetura e o estilo do período Heian foram conservados perfeitamente.
Ele está localizado no interior do Kyoto Imperial Park e era a residência da família imperial japonesa até 1868.
O complexo é cercado por muros, vários portais, corredores e jardins. As cerimônias de posse do Imperador Taisho e Showa foram realizadas no salão principal desse palácio, enquanto a do atual imperador ocorreu no Palácio Imperial de Tokyo.
Em comparação aos outros palácios vistos até agora foi um pouco decepcionante. Me pareceu sem vida, não sei dizer mas não sei se voltaria, acho que não.
O interessante são os diversos prédios pois são de estilos diferentes, acho que dá para reconhecer cada período arquitetônico das construções.
Gostei os jardins que se encontram no complexo, são muito lindos, bem diferentes dos prédios.
São dois jardins cada um com o seu lagos. As fotos de cima são do Jardim Oikeniwa, as de baixo o Jardim Gonaitei. Ambos são pequenos mas muito bem apresentados. Dão vida à todo o complexo que é bem sem graça.
Diferente do Palácio Imperial sóbrio e sem graça, este é um esplendor. O castelo existe neste lugar desde 1601, e quem construiu foi Tokugawa Ieyasu, o fundador do primeiro Shogunato (1603 - 1867).
Quem esta assistindo a série Xogun - A gloriosa saga do Japão (Saiba Mais), vai saber quem é Tokugawa Ieyasu. A série esta ambientada nessa época, da luta pela unificação do Japão por Tokugawa. A série é uma adaptação do livro de James Clavell, (por sinal ótimo, já li duas vezes)
Com ele o Japão esteve em paz por 260 anos, durou 16 gerações. Ele ficava nesse castelo quando visitava Kyoto, o que era raro.
Os edifícios do Castelo Nijo - Maru-gote - a porta Kara-mon e o jardim Ninomaru com 400 anos, são os únicos sobreviventes da era Edo, que foi a idade de ouro da arquitetura e se pode ver em detalhes.
Uma coisa interessante sobre os corredores do Palácio Ninomaru, eles emitem som ao se andar neles. Quando vamos caminhando o chão ressoa com um som como de pios de passarinhos cantando. Isso se deve ao fato de as braçadeiras se moverem fazendo barulho quando se anda no assoalho.
É muito legal andar pelos corredores rangendo, mas é bem baixo e só quem sabe da história é que se dá conta do que ocorre.😉😉
Dizem que isso é de propósito para o Shogum sempre saber quando havia alguém se aproximando. Experto ele !!!!! Nada de ouvidos colados contra a porta...
É um complexo enorme. As pinturas na parede e tetos em seda são maravilhosos. Os murais então, nem se fala, de lindos.. Essa visita foi incrível.
Algumas salas estão dispostos bonecos vestidos com vestimentas do tempo do Xogum de mostrando algumas cerimônias.
As poucas fotos do interior é porque é proibido fotografar o interior, não me perguntem porque. As paredes e tetos que estão vendo é de seda dourada com pinturas mito bonitas
Logo que entrei e fui fotografar o corredor o guardinha já veio e mostrou o aviso. E lá dei meu "Sumimassen" e segui em frente. Tirei algumas escondida porque não aguentei, se estivesse com flash vai lá mais meu celular, não dá pra entender....
Tanto o Palácio Imperial quanto o Castelo Nijo, estava um formigueiro de pessoas. Foi um dia para se cultivar o princípio da paciência com o próximo !!
Aproveitei e fui também conhecer o restaurante o castelo e experimentar o Udon. Achei engraçado pois foi a primeira vez que vi um cartaz na mesa informando como comer a comida. O restaurante só serve Udon. Achei sem gosto, uma aguinha rala, sem sal.
Construído em 1220 para abrigar o Xogun Kintsune Saioji durante sua aposentadoria, a antiga vila foi passando de geração para geração até que em 1408, após a morte de um dos sucessores se tornou um templo budista.Durante a história o pavilhão dourado foi destruído algumas vezes, duas vezs durante a guerra civil (Onin War) que destruiu muita coisa em Kyoto, e mais recentemente em 1950 quando um monge enlouquecido incendiou o pavilhão. O templo atual é de 1955
O Kinkaku-ji é um templo Zen da escola Rinzai de denominação budista. Ele é uma réplica de outro do sec. XIV.
Ao redor dele esta o lago repleto de carpas onde ele reflete no espelho se tornando um cartão postal de lindo.
A paisagem é tão linda que até o pior fotógrafo é capaz de fazer uma obra de arte com ele.
O templo tem três andares, sendo que os dois últimos são todos cobertos com folhas de ouro. No topo do templo há uma ave Fenix.
Esse templo estava na minha lista de reserva, se sobrasse tempo poderia ir ver. Achei que o "jardim de pedras" seria muito "japonês" para minha cabeça. E lá cometi mais um erro. Valeu o ônibus lotado e 40 minutos em pé.😀😍O Templo Ryoanji é o local do jardim de pedras mais famoso do Japão. Originalmente era uma vila aristocrática do Período Heiain e o local se converteu em templo zen em 1450 e pertence a escola Myoshiniji da seita Rinzai, cujo o templo principal é esse.
A data da construção do jardim é desconhecida. O jardim é um terreno retangular de seixos rodeados por muros baixos de terra, com 15 pedras dispostas em pequenos grupos sobre manchas de musgo.
Uma coisa interessante é que seja de onde se olhe 1 ou 2 pedras não aparecerão, ficarão escondidas do observador. Você tira suas próprios conclusões, eu tirei minha conclusão, qual a sua?O templo também contém um lago e jardins muito bonitos. Valeu inclui-lo no roteiro.
Para a minha sorte o ônibus da JR, de graça, passa bem em frente ao templo e estava saindo e fui direto para a Estação Kyoto onde tem um shopping de comida como o de Tokyo muito bom e depois de comer um carbonara maravilhosos fui direto para o hotel.
Comer macarrão de hashi ficou tão natural para mim que já nem percebo mais que os uso. Pena é o desperdício do molho que ficou todo no prato. Eles deveriam incluir um pãozinho. Como não sabia pedir deixei pra lá.😞😞😞😞😞 Olhem que fofo que estava em cima do travesseiro quando cheguei no hotel.
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