Afinal o que é a DMZ? - Saiba Mais
A Zona Desmilitarizada Coreana (DMZ) é uma faixa de terra que atravessa a Península Coreana e serve como uma zona-tampão entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul.
Fronteira entre CN e CS - a faixa descampada é a C.Norte, melhor para ver o fugitivo e atirar. A DMZ divide a Península Coreana aproximadamente ao meio. Ela segue aproximadamente a latitude 38°N (o paralelo 38), a linha de demarcação original entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul no final da Segunda Guerra Mundial.
Arquivo público
A Zona Desmilitarizada incorpora território em ambos os lados da linha de cessar-fogo, como existia no final da Guerra da Coreia (1950-1953), e foi criada ao recuar as respectivas forças 1,2 milhas ao longo de cada lado da linha.
Vila na C.Norte vista pela objetiva de minha máquina
Após a criação da República Popular Democrática da Coreia (RPDC, também conhecida como Coreia do Norte) e da República da Coreia (ROK, ou Coreia do Sul) em 1948, a DMZ se tornou uma fronteira internacional de fato e uma das frentes mais tensas.
A DMZ tem cerca de 160 milhas de comprimento e aproximadamente 2,5 milhas de largura. A trégua que encerrou as hostilidades foi assinada aqui em 1953, mas, como um tratado de paz oficial nunca foi acordado, os dois lados ainda estão oficialmente em guerra há mais de sessenta anos.
Não há tropas na DMZ em si, embora ambos os lados da faixa de terra de 2,5 milhas que separa as Coreias sejam os mais fortemente armados do mundo.
As tensões aumentaram nos últimos meses, quando a Coreia do Norte enviou balões de lixo para o Sul em aparente retaliação aos panfletos anti-Pyongyang que ativistas na Coreia do Sul lançaram sobre seu território. Além disso a Coreia do Norte vem intensificando a colocação de minas terrestres ao longo da fronteira e aumentado seu efetivo armado, o que deixa todo a comunidade internacional em permanente tensão.
A Visita
Não se pode ir por conta própria pois precisa de autorização para tanto. Para essa autorização o mais fácil é contratar uma excursão e foi o que fiz. Como sempre odiei a excursão amei a visita.
Primeiro porque se vai em um ônibus e eu enjoo em ônibus, passei mal e tive que mudar de lugar, para o banco da frente!😁😁😉😎.
Depois o tempo não é seu, tudo é feito muito rápido, ... bom, pra quem odeia excursão vai sempre achar isso 😜😜😂😂.
Teve uma coisa que muito me divertiu. O ônibus era uma "fofura", tudo era cheio de cortininhas com frufrus, um mimo. Parecia a casa da vovó do interior, só faltou o crochê para finalizar com chave de ouro 😂😂😂😂😂😂
Sem dúvida a guia era fantástica, com profundo conhecimento da história sobre a DMZ. Ela mesmo e sua mãe eram fugitivas da Coreia do Norte.
Ela veio ainda pequena, a mãe a poucos anos atrás. A mãe tentou três vezes, chegando a ficar presa por muito tempo quando foi presa na China (que devolve qualquer coreano sem visto), só conseguiu da última vez fazendo um percurso muito maior, que não me lembro todo.
A Chegada
Para chegar a primeira parte da visita se passa por dois controles de passageiros, como uma fronteira, e bem armada.
Quem assistiu a séria "Pousando no Amor" vai recordar da fronteira onde Hyun Bin e Son Ye-jin se abraçam quando ele esta retornando à Coreia do Norte.
A guia jura que foi filmado nesse ponto e só pudemos por uns segundos
Imjingak Park
Nossa primeira parada foi em Imjingak Park. Ele foi construído em 1972 com a esperança de que um dia a unificação fosse possível.
O Imjingak é cercado por vários monumentos, o Parque da Unificação e o Centro da Coreia do Norte.
O Sino da Liberdade - pronto para tocar quando as 2 Coreias se juntarem
Fora de Imjingak, há 12 tanques e veículos de guerra exclusivos em exibição que foram usados durante a guerra.
O último trem que saiu da Coreia do Norte, cheio de furos de bala
Mangbaedan Alter, que fica em frente a Imjingak, é famoso como o lugar onde os coreanos separados de suas famílias no Norte visitam para realizar ritos ancestrais curvando-se em direção às suas cidades natais todo dia de Ano Novo e Chuseok (Ação de Graças Coreana).
A Ponte da Liberdade, que os sul-coreanos cruzaram quando retornaram para seu país de origem da Coreia do Norte após a assinatura do Acordo de Armistício, fica atrás de Mangbaedan Alter.
Em frente a Imjingak está a Gyeongui Train Line, que foi destruída durante a Guerra da Coreia em 1950. Ela está em reconstrução desde 2000. Todos os anos, muitos eventos para unificação são realizados em Imjingak. Agora é um dos pontos turísticos mais famosos da DMZ para estrangeiros porque é possível visitá-la sem passar por nenhum ponto de verificação de segurança.
Juntos aos trilho se encontra duas lindas estátuas em homenagens as meninas que foram obrigadas a se tornarem "mulheres de Consolo" durante a ocupação japonesa. Elas estão lá, sentadas, esperando as desculpas e arrependimento do povo japonês.
O Park é muito grande, com muitas atrações e monumentos. Dois deles achei muito bonitos, representavam o caminho para a liberdade, contra a subjugação!
Me perdi completamente do grupo e fiquei completamente aterrorizada sem saber para onde ir pois todos os ônibus eram iguais e escritos em Coreano.. Pirei legal na batatinha, quase sai correndo gritando.
Resolvi sentar no meio fio perto dos ônibus e aguardar a guia. uma hora ela ia aparecer, ufaaaa, ela apareceu bem preocupada pois não me achava, só tinha eu e um rapaz australiano de ocidental e o rapaz também sumiu. Imagina a coitada, praguejando contra os gringos. Bem fiz que sentei e esperei!😁😁😁😁😄😄
Novamente a caminho, pegamos uma estradinha dos infernos de tanta curva e eu ali, enjoando e ficando verde, a guia falando e olhando pra mim e pensando.... será que essa gringa vai vomitar em mim? 😁😁😅
Dora Observatory - Paju - Saiba mais
Dora Observatory é o observatório DMZ mais próximo de Panmunjeom. Do Dora Observatory, pode-se ver não apenas o Panmunjeom Detalhes, mas também a vila de Daeseong-dong dentro da DMZ, montanhas e terras agrícolas no lado norte-coreano, e a cidade de Gaeseong, uma cidade norte-coreana e a capital histórica de Goryeo (918-1392). As visitas individuais não são permitidas e aqui só se pode ter acesso através do DMZ Peace Tour, que embarca no Imjingak Pavilion após a reserva, por isso paramos lá. Todos os visitantes devem trazer sua identificação, como passaportes ou Cartão de Registro de Estrangeiro (ARC)
Terceiro Túnel de Infiltração
Findo o passeio era chegada a hora de entrar na DMZ e conhecer um dos túneis de infiltração. Mesmo com os países em “paz”, descobriu-se que a Coréia do Norte vinha cavando túneis abaixo da DMZ, para invadir a Coréia do Sul.
A Coréia do Norte nega isso, mas a Coréia do Sul conseguiu provar que eram túneis norte-coreano pelas evidências na pedra, da direção da escavação e das explosões. Apenas 4 túneis foram encontrados até hoje, mas estimam-se que pelo menos 17 existam espalhados ao longo da fronteira.
Para fins de visita, é possível conhecer o terceiro túnel de infiltração, ou como os sul-coreanos chamam, “Túnel de Agressão“
A história contada é que em 1975 um engenheiro norte-coreano que conseguiu fugir do país delatou para a Coréia do Sul que havia um túnel sob a DMZ, construído para invadir o sul.
Ao longo de 3 anos, os soldados sul-coreanos perfuraram o chão da DMZ de 2 em 2 metros, com canos de PVC cheios de água para descobrir se havia alguma passagem subterrânea até encontrar.
Após acharem criaram 3 barreiras até a fronteira, para impedir que os norte-coreanos pudessem invadir.
Esse é um passeio de alta segurança. Começa com uma visita ao Hall de exibição, que conta um pouco da história da DMZ, da guerra e do túnel, como no Museu da Guerra, enaltecendo os americanos. Depois dessa mostra, é possível conhecer o túnel propriamente dito
Caminhar ao longo de 265 m deste túnel de 73 m de profundidade não é para os claustrofóbicos ou altos: rastejando curvado, você perceberá por que os visitantes recebem capacetes.
Fazer esse passeio é meio assustador. Vai diminuindo a altura e escorre água das paredes, dá muito medo, mas se você já desceu até lá arranja coragem e segue em frente.
No interior do monumento se encontra o mapa da Coreia pronto p/se unir
Ainda mais se você for a mais velha da turma, não vai querer perder pra eles 😀😁😂😂😎😎!!!!!
O problema não é descer, é subir. Como é bem íngreme, é de tirar o folego. Eu como havia percebido o desnível fui subindo devagar e mantendo o ritmo, os novinhos tadinhos foram ficando pelo caminho. Teve uma menina que tive que dar minha água pois estava passando mal. Minhas caminhadas diárias serviram bem aqui. 😍😍😍😎😎
Uma coisa muito interessante, a algum tempo descobriram entre um muro e outro de concreto, onde não tem luz nem nada, cresceu uma samambaia e a gente pode vê-la através de um vidro e de uma câmera que tem no túnel.
Mesmo na escuridão a vida floresce, lindo!
Pena que devido a alta carga de segurança não se pode fotografar nada, é terminantemente proibido fotografar, inclusive se deixa todos os pertences em um armário na entrada.
Paju DMZ Village
Nossa última parada foi na Paju DMZ Village. Paju é uma cidade sul-coreana localizada ao lado do extremo oeste da DMZ.
Ela é uma das cidades - Linha de Controle Civil (CCL) da Coreia do Sul criada
em 1954, as cidades do CCL foram formadas pela movimentação de soldados e dos pobres para a área, a fim de desenvolver terras não utilizadas no norte do CCL e aumentar os efeitos da guerra psicológica contra a Coreia do Norte.
O número de cidades do CCL chegou a 112 uma vez, mas restaram apenas dez quando o CCL foi movido para o norte três vezes.
A maioria dos moradores da cidade são soldados aposentados e seus familiares.
A área é tão limitada e perigosa que os moradores só podem plantar em locais que o exercito especificar de tanta mina terrestre que ainda tem no solo.
Em 2023 um fazendeiro resolveu por conta própria aumentar em 1 metro seu cultivo e acabou explodindo seu trator porque pisou numa mina. Há , ele não morreu!
Não me atrevi a dar um passo para fora do asfalto e de lá tirei minhas fotos! 😁😁😂😂
Como não podia deixar de ser uma excursão, fomos parar em um mercado de produtos locais. O que se mais se via era produtos com ginseng. Últimas Considerações
Uma coisa boa sobre a criação da área da DMZ foi que os animais selvagens ganharam um paraíso para a viver nesses 70 anos e se encontra animais raros que não há em outras partes da Coreia mais.
Nesses 70 anos desde o armistício, o povo sul coreano ainda aguarda pela união final do seu país e acredita piamente que ainda serão um só pais novamente.
Eu sinceramente não acredito que isso aconteça. Os comunistas nunca irão permitir perder a Coreia do Norte, como os USA não irá nuca permitir que eles ganhem.
Os USA já enterraram uma montanha de dinheiro lá para simplesmente entregar a Coreia, e nisso um povo fica dividido.
É estranho andar por caminhos que não serão usados, pontes e estradas perfeitas, só aguardando uma abertura. Tudo esta pronto para unir os dois lados, pela Coreia do Sul. Pelo lado Norte se vê tudo deserto, sem estradas, além das vilas e muitos soldados.
A Coreia não é a Alemanha que conseguiu sua unificação pois foi diferente, lá era um país invasor na Coreia não.
Não vejo essa possibilidade mesmo, os dois lados tem muito a perder e não vão entregar assim fácil, salvo se houver uma guerra real, o lado que perder fica sem seu bocado .
A Coreia como nação é muito jovem ainda. Por muito tempo foi dominada pelos Japoneses, chineses e até russos. Embora o império Joseon tenha durado quase 500 anos esteve sempre dependendo de alguma nação para se firmar.
Agora esta com a proteção dos USA, até quando?
Depois de passar fome porque esqueci de levar lanchinho, quando cheguei em Seul me atraquei com o McDonald, para homenagear os americanos . Comi uma tortinha de batata doce roxa, deliciosa!
SUGESTÃO DA SEMANA
Não podia deixar de ser POUSANDO NO AMOR - Trailer
Pousando no Amor é um dorama coreano (K-drama) que conta a história de amor entre uma empresária sul-coreana e um oficial do exército da Coreia do Norte:
Yoon Se-ri (Son Ye-jin) é uma herdeira sul-coreana que faz um passeio de parapente para testar produtos esportivos da sua empresa. Durante o voo, um tornado a atinge e ela cai na zona desmilitarizada no lado da Coreia do Norte.
Lá, ela conhece Ri Jeong-hyuk (Hyun Bin), um capitão da força policial especial da Coreia do Norte, que a ajuda a se esconder e depois de muitas peripécias os dois acabam se apaixonando, apesar da divisão entre os seus países.
A série foi lançada em dezembro de 2019 e está disponível na Netflix. Recebeu elogios do público e da imprensa especializada, e venceu vários prémios, incluindo o de melhor drama no Seoul International Drama Awards e no Asian Academy Creative Awards.
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