TAKAYAMA - A cidade Histórica

 
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A Cidade 

Localizada na província de Hida, uma região montanhosa dos Alpes Japoneses, Takayama (Saiba Mais) é uma cidade belíssima e relativamente pequena. Dá para visitar as principais atrações de Takayama a pé e dispensar os transportes públicos. E eu adoro quando assim é.

Apesar de não ser uma cidade muito conhecida do Japão, ela é famosa pelos artesãos que trabalham a madeira e pelo seu importante festival, Takayama Matsuri (Saiba Mais), tido como um dos três mais bonitos festivais do Japão. Mas o que mais chama a atenção para Takayama é velho centro histórico com casas de madeira, bonito e bem preservado e aquilo que adorei, as destilarias de saquê.

Como ontem, despertei no natural sem o despertador, bem relaxada. tomei um banho bem quentinho, tem que botar bastante água fria para não se pelar (eita turminha pra gostar de cozinhar a pele 😄😄😄), arrumei a mochila e  me despedi do hotel incrível. 

Com a mochila na mão fui até a estação de trem e a deixei lá em um guarda volumes que aprendi a usar agora hihihihhi!!!. A Estação de trem da cidade é pequena mas bem moderna, uma gracinha e a Estação de ônibus é bem ao lado.

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É realmente muito bom o hotel ficar bem próximo da estação. Assim sem nada atrapalhando sai para passear, fazer o mesmo caminho que fiz na noite anterior. 

Nas ruas ainda não havia ninguém, mas parecia  domingo e não segunda-feira. Oito e trinta e estava aquela pasmaceira gostosa de domingo de manhã , uma delícia.

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Não esperava que a parte histórica de Takayama fosse tão grande. Pelas fotos que havia visto parecia que seria como uma vila museu, como na Holanda, só um museu de casas.

Mas, não, tem vida própria é uma cidade muito movimentada,  as casa são habitadas, ruas e mais ruas com suas casas antigas preservas. Ameiiiiiiii.

É como andar pela Edo antiga. O que mais gostei foram as casas especializadas em saque. Dizem os especialista que as águas de Takayama são as melhores do Japão para o saque, não sei dizer mas tomei muitos e gostei de todos.


Passeando por Tokayama

Conheci a cidade a noite, pela manhã sem turistas e lotada de turista.  Fui aos pontos seus turísticos principais como a ponte vermelha em frente ao Templo que ainda estava fechado,

Miyagawa Morning Market (Saiba Mais)só funciona até o meio dia. Fica na beira do rio próximos às ruas históricas. Tem barraquinhas de frutas e verduras e comidas típicas, mas é bem pequeno.  As barraquinhas são mais de produtores, velhinhos, locais com frutas e verduras da cidade mesmo, com comidinhas de rua e cheia de turistas que vão tomar o café da manhã lá.

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Como  havia tomado o café da manhã no hotel, só comi algumas comidinhas. A principal, que fui provar, e não era lá essas coisas, foi o famoso Bolinho de Lula. 

Peguei fila na barraca mais famosa do lugar e vou dizer, sem graça não tem gosto de nada e os flocos de  lula duros e de gosto duvidoso, insonsso, mas tem quem ame e volta sempre.

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Dali fui seguindo o rio e me dirigindo à região dos templo de Takayama que ficam praticamente todos no mesmo lugar. 
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A caminhada até os templos já é uma experiência em si mesmo. Saindo do centro histórico você já não encontrará turistas. Os moradores dividirão o local com você e até te olharão com curiosidade. São pequenas ruas aconchegantes, casinhas pequenas, crianças na ruas de uniforme indo para as escolas, enfim a Takayama de verdade.

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Nessa caminhada só vi um casal de alemãs muito educados, falando baixo e fazendo reverencia para entrar nos templos. Tiravam fotos bem discretamente. Amei eles. Ficamos um bom tempo um seguindo o outro, já que íamos pelo mesmo caminho.

Chegando ao  
Templo Daio-ji Temple(Saiba Mais), resolvi fazer a SHAKYO EXPERIENCE que estavam apresentando.


Não sei nem como começar a falar dessa experiência, foi de outra Era não estava nos meu planos, nem sabia que tinha. 

Toquei o sino do templo, o monge  te recebe já te transmite aquela paz, falando e te olhando com um olhar calmo, gentil. Logo trás um chinelo para se calçar já que não se anda de calçado pelo templo, sempre com um sorriso suave. Aliás, tudo é suave no  recinto.

Pede que eu aguarde e vai chamar outra pessoa para atender. Dessa vez é uma monja. Ela é bem nova e muito bonita, mesmo com a cabeça raspada. Com um sorriso no lábio me explica o que é o Shakyo 
(Saiba Mais) e o que representa. Em um inglês impecável, quase sem sotaque o que é raro para o japonês.

Em seguida me mostra uma série de sutras budistas para que eu escolha um de minha preferência. 

Foi uma experiência impar, não esperava tudo aquilo. 

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Depois que terminei minhas 5 folhas de treino ela me convidou à orar no templo particular deles e sozinha fui até lá para agradecer a Buhda todas as dádivas que havia recebido até ali e fazer um pedido especial e  sei que ele vai me atender!!. 

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Quando sai do templo a monja estava me esperando com um chá e docinho, numa sala com uma vista incrível para o jardim interno do mosteiro, estava tudo tão em silêncio e em paz que minha vontade foi nunca sair dali. Aquilo foi demais!!!!!!. 

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Depois nos sentamos e ela pegou a folha escolhida e escreveu meu nome em japonês com os carimbos do templo como lembrança dessa experiência única e maravilhosa.


Dali voltei para as ruas históricas, agora já cheias de turistas. Passei por algumas destilarias de saquê que entrei. Você 
compra um copinho por 300 ienes e degusta cada rótulo por 100 ienes. O copinho fica de lembrança pra levar. 

A região de Hida e em especial Takayama, tem fama de produzir excelente saqué de arroz, uma vez que possui elementos fundamentais para o processo, como a água de elevada pureza, vinda dos Alpes Japoneses, e arroz de grande qualidade.


Takayama tem em torno de  seis destilarias: Hirata, Niki, Kawashiri, Hirase, Harada e Funasaka (uma das mais inovadoras e criativas). 

 Já satisfeita, se e pode dizer que ficamos satisfeitos de ver um pouco de uma cidade, acho que não, e como ainda eram 14h resolvi ir para a estação e adiantar minha viagem para Nagoya e foi minha sorte porque depois das 16h houve um problema na linha Takayama e todos os trens atrasaram. 

Cheguei em Nagoya às 16h e fui experimentar o primeiro Hotel Capsula da viagem, estava muito curiosa para saber como era. Será que conseguiria dormir numa coisa que mais parece um caixão?

Para começar as instalações era super moderna e muito clean. Adorei. Os andares são divididos para masculino e feminino e você só consegue acessar o seu andar. O andar dos toilettes é em um andar e é onde você deixa a mala em seu armário. 

No armário tem uma sacola com tudo que você pode precisar para a higiene e vem com chinelo e pijamas que todo mundo usa. O único lugar que você poderá encontrar com o sexo oposto é no mezanino.


Confesso que no princípio fiquei bem agoniada em ficar na cama fechada daquela forma, meio claustrofóbico, mas fui respirando, me distraindo, tomei um comprimidinho pra dormir e o cansaço fez o resto. 

Meu casulo de largura tinha a largura de meus braços abertos, 1,40m, de comprimento acho que 2 metros mais ou menos e de altura uns 1 metro. É, parece pequeno mesmo. Acho que alguém maior que os meus 1,48m, iria ficar um pouco apertado.

Acordei bem, acho que quem não acordou bem foi o pessoal que dormiu comigo, devo ter roncado um bocado pelo comprimido e cansaço 😅😅😅!

Deixei a bagagem no armário e decidi fazer uma caminhada de 4km  ida/volta até o Castelo de Nagoya para vê-lo a noite e foi um deslumbre só. Botei a língua de fora mas como valeu a pena!

O caminho até ele foi o primeiro reconhecimento da cidade e já não preciso dizer mais, adorei..

O queixo caiu ao ver o magnifico Castelo de Nagoia a noite. A noite estava clara e o fosso que o circunda estava um espelho e fiquei imaginando se era assim mesmo que se vislumbrava ele nos seus áureos tempos com os samurais e Damios. Ainda bem que o cansaço e a preguiça não me pegaram porque iria perder aquele espetáculo.


 
Quando voltei fui jantar em um Isakaya (Saiba Mais) muito parecido com o da série que amo "Jantar a meia-noite" e não me arrependi, tudo bem que ele tinha uma cara meio podrinha, com a parede que parecia ter sido limpa nunca! Ahahahah!! 


Sem cardápio em inglês não tinha outra, escolhe-se pelas fotos e reza...... devia ter rezado com mais fervor pra Buhda. 

Vieram 4 espetinhos assados na brasa a carvão: 1 pele de galinha, 1 fígado de galinha e os outros dois era algo que foi absolutamente irreconhecível, mas todos estavam muito bom, com um tempero de outro mundo. 

Tudo engolido com uma boa cerveja !!!! Depois pedi asinha de frango, deu pra reconhecer 😋😉😅 . O restaurante estava cheio. Tudo estava dos deuses, apimentado na medida certa, crocante. Comi até os ossinhos ... queria mais se tivesse espaço. 


Assim voltei ao hotel super satisfeita com a comida, a cerveja e, principalmente, com o dia maravilhoso !!!!! Estava vivenciando o Japão do interior, das pequenas vilas, era tudo o que queria !!!!





Comentários

  1. Senti o gosto picante das asinhas. Eu amei demais essa foto do castelo a noite. Seu texto continua fazendo a gente querer colocar a mochila nas costas.

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    1. Que bom que gostaste. Posso dizer que não comi mais umas asinhas iguais. Preciso voltar ahahahahahah!!!!

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