O Tori vermelho foi erguido em 1875 em homenagem aos deuses do mar e da pesca, nos dá as boas vinda à morada dos Deus já na entrada da ilha.
Visitando os deuses, Miyajima - Saiba Mais
A Ilha de Miyajima fica localizada na Baía de Hiroshima, no Mar de Seto e é considerada sagrada pelos japoneses. Seu nome original Itsuko-shima significa "onde deus reside".
A ilha tem um emaranhado de templos xintoístas e budistas estrategicamente construídos entre a calma da baía e a paz da montanha. Além disso, é tida como um dos três lugares mais bonitos do Japão.
O único modo de chegar na ilha é de barco. Ao pisar na ilha você já vai se deparar com cervos muitos esfomeados, comeram meu mapa enquando eu estava comendo um sopa de ostras. KKKKK😒😒😂😂😂😂
Miyajima fica a apenas 10 quilômetros de Hiroshima. Mesmo com a explosão da bomba atômica, os templos não foram destruídos. Os japoneses dizem que foram os deuses que a protegeram.
A caminhada pela ilha se inicia numa área cheia de lojas de souvenires, comidas, bares que vendem o famoso drink da ilha "Hiroshima Lemon Gin", até que chegamos em frente a um dos templos mais lindos que vi no Japão, o templo xintoísta Itsuku-shima Jinja. Resolvi antes de enfrentar os templos tomar um creme de marisco para não sentir fome enquanto andava pelos templos. Entrei numa fila e uma simpática velhinha me vendeu sua especialidade, creme de marisco.
O cheiro estava ótimo e lá fui me sentar num murinho para apreciar meu creme enquanto observava o vai e vem de pessoas.
Nessa de apreciar meu creme, me distraí e coloquei minha bolsa no murinho e um cervo entreabriu minha bolsa e roubou meu mapa. O
bandidinho já estava mastigando alegremente meu mapa quando dei por mim. Devo estar em algum vídeo intitulado "A turista louca atrás do Bambi". Foi meio ridículo e hilário mesmo, as pessoas parando para me ver correr atrás do mapa. 😂😂😂.
Depois o gatuno ficou passeando como nada tivesse acontecido, sabendo ficar impune. 😁😂😎
Itsuku-shima Jinja - Saiba Mais
Ele fica debruçado sobre a água, em cores vibrantes com o grande Torii vermelho à sua frente.
Dedicado aos deuses que protegem as pessoas de guerras e desastres marítimos, acredita-se que o santuário tenha sido construído em 593.
Depois de o chefe guerreiro Tairano Kiyomori (1118-1181) reconstruir o santuário em 1168, ele foi transformado no edifício laqueado de vermelho vivo que se vê atualmente.
Depois disso, outros prédios foram sendo acrescidos como o Gojunoto que é um pagode de 5 andares, o pagode de dois andares Tahoto e vários altares dedicados a Kami.
O templo é vermelho e todo decorado com lanternas e barris de saquê, é incrível.
Quando cheguei a maré vazante estava começando e todos estavam aguardando a maré secar até os pés do grande Torii e assim caminhar até lá, mas isso iria demorar um pouco mais e assim pude percorrer a ilha por mais 3 horas até o acontecer principal da ilha.
Mesmo com a maré vazando as fotos do templo ficaram muito bonitas.
Você não se dá conta que saiu de templo e entrou em outro porque todos formam um grande complexo, é incrível mesmo. Atrás do templo xintoísta fica o complexo budista Daisho in. Espetacular. Formado por 12 templos afiliados considerados muito sagrados e que tinham ligação com a família imperial.
O Portão Niomon, protegido por dois guardiões que servem para espantar os mau espíritos.
Quando se sobe a escadaria você encontra as 600 rodas de oração que ao serem tocadas trazem boa sorte.
No jardim lateral tem 500 estátuas de discípulos de Shaka Nyorai todas com expressões faciais diferentes.
A prática de presentear estátuas é baseada em uma história folclórica infantil sobre um fabricante de chapéus idoso que não conseguiu ir ao mercado em um dia de neve, então ele colocou sua coleção de chapéus nas estátuas rakan para manter suas cabeças secas.
Mais tarde, as estátuas mostraram sua gratidão entregando presentes ao fabricante de chapéus e sua esposa para que pudessem celebrar o ano novo.
Levar gorros para as estátuas é uma forma de pedir prosperidade, e para nós turistas fica a chance de tirar fotos lindas.
Incrível. Depois se passa pelo sino e já se esta no hall Chokugan-do e Kannon-do onde tem várias imagens Fudo (uma figura budista reencarnada) e uma grande mandala.
Aqui, ainda não descobri porque, os monges jogam fumaça alta de tempos em tempos cobrindo tudo. Não sei porque mas que as fotos ficam bonitas isso fica.
A seguir vem um mausoléu e o principal hall de prece do complexo, o Maniden onde tem um Budha deitado que representa ele entrando no Nirvana.
Caminhando encontrei o mais fotogênico dos templos, o Senjo-Kaku, facilmente reconhecido por sua enorme torre vermelha a Goju–no–to pagoda construída em 1407 em uma mistura de arquitetura chinesa e Japonesa. Me pareceu muito semelhando ao templo Kiyomizu Dera, em Kyoto.
Senjo-kaku ou "pavilhão de 1000 esteiras" é o nome comum do Santuário Hokoku. O nome descreve a amplitude do edifício, já que Senjokaku tem na verdade aproximadamente o tamanho de mil tatames . O salão, que remonta a 1587, está localizado em uma pequena colina ao lado do Santuário de Itsukushima.
Toyotomi Hideyoshi, um dos três unificadores do Japão, encomendou Senjokaku com o propósito de recitar sutras budistas para os soldados caídos.
O edifício ainda não estava concluído quando Hideyoshi morreu em 1598. Como Tokugawa Ieyasu assumiu o poder depois disso, em vez dos herdeiros Toyotomi, o edifício nunca foi totalmente concluído.
Senjokaku é surpreendentemente esparso, sem tetos adequados e sem entrada frontal. Em 1872, o edifício incompleto foi dedicado à alma do seu fundador, Toyotomi Hideyoshi, que mantém a sua função religiosa atual.

Ao lado de Senjokaku fica um pagode colorido de cinco andares originalmente construído em 1407, anterior ao próprio santuário.
Seguindo para o litoral foi me encontrar novamente em frente ao Torii principal da ilha, agora já praticamente todo descoberto, completando a roda da vida.
Caminhar pelas ruas da Ilha é muito prazeroso. Deu para notar que os habitantes da ilha vivem realmente do turismo, e em sua maioria são idosos. Algumas casas
estão abandonadas. Esse é um fenômeno que o Japão está vivendo no momento e esta se tornando muito grave, inclusive influenciando no valor das casas. Saiba Mais. O docinho acima é muito parecido em gosto com os doces portugueses, parecia a casquinha do Pastel de Belém sem recheio, muito delicado e gostoso.
Final de passeio e voltando pela rua coberta, parei em um bar e bebi o drink especial da ilha e experimentei algumas comidinhas de rua, esperando a hora da volta da balsa à Hiroshima
Fiquei encantada com os corredores do metro, com lindos painéis da arte japonesa. Encantador mesmo, em cada canto que se vai a cultura japonesa valorizada e, principalmente, não vandalizada.
Dando uma ultima olhada no grandioso Torii da Ilha de Miyajima, completamente fora da água e cheio de turistas tirando sua self, me despedi desse recanto tão especial.
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