HIMEJI COM KOBE
HIMEJI - Impossível deixa-la fora do roteiro. Saiba mais
Depois de muito tempo consegui tomar um café da manhã como o de casa, estava com saudade de um bom café com leite, sanduiche e um ovo cozido (o ovo veio de gaiato, estava no combo).
Na estação de Himeji, logo em frente ao café, estava ocorrendo uma exposição de carros alegóricos usados na festa da cidade que acontece em maio. Bem diferentes dos nossos carros alegóricos do carnaval.São bem coloridos e com bastante dourado, como gostam os japoneses. Eu os achei muito bonitos e delicados, parecem aqueles andores dos santos católicos nas procissões. Gostaria de ter visto uma dessas festas mas elas ocorrem mais durante a primavera.
Satisfeita segui a pé para o Castelo de Himeji. Dá Estação até o castelo é mais ou menos uns 15 minutos, dizia o Google, coitado ele não me conhece😁😁😉.
Levei uns 30 minutos curtindo as ruas , os locais, as lojas e principalmente me maravilhando com o castelo se descortinando na minha frente. Primeiro o fosso com os muros e aos poucos seus telhados e, finalmente, o Garça Branca, gracioso, no seu esplendor!
CASTELO DE HIMEJI - Saiba Mais
O Castelo já serviu como cenário para James Bond no filme protagonizado por Sean Connery “Só se vive duas vezes”; dois filmes de Akira Kurosawa, “Ran” e “Kagemusha” e com Tom Cruise no “O último Samurai”
Toda a cidade foi construída ao redor dele de tal forma que os labirintos de ruas e casas o protegiam de um ataque direto.
Na maquete da cidade com o castelo percebemos bem esse labirinto de ruas e fossos para chegar até os portões do tesouro que era o Castelo.
Dá para imaginar como tudo se desenrolava ao redor do castelo, muito interessante.
Seu Interior
Ao contrário dos outros castelos, ele não foi destruído pela guerra, incêndio ou terremoto e é um dos 12 castelos originais edificados no Japão.
Ele é formado por um complexo de 82 prédios de madeira maravilhosamente pintados de branco que lhe confere uma beleza impar. Estão espalhados por vários pátios que são conectados por portões e caminhos bem sinuosos para dificultar invasão.
Por dentro é como o Castelo de Matsumoto, feito para o combate. E como o Matsumoto, por fora se vê 5 andares mas na realidade tem 6. No último andar tem um oratório dedicado aos samurais e recebe oferendas até hoje.
"SENHIME" Sua história era uma princesa que se casou aos 7 anos com o Daymio do Castelo, inimigo de sua família, para forjar uma aliança entre eles.
O Xogum, seu avo, aprovou o casamento e eles se casaram e moraram no castelo até morrerem.
Depois de andar e de admirar um bocado o castelo, passei a ladear os muro e o fosso do castelo me dirigindo ao ao Kakoen Garden, que fica praticamente ao lado dele.
KOKOEN GARDEN - Saiba Mais
A casa de chá fica no centro de um jardim belíssimo e foi com tristeza que tive que acabar e ir embora de um jardim tão bonito.
Fui caminhar um pouco pelas ruas de Himeji e me dei conta de que a cidade é bem bonita. Os blogs que falam de Himeji não mencionam isso. Como incentivo sai procurando por tampas de bueiros, umas gracinhas.
Já que tinha tempo, me veio a ideia de ir a Kobe almoçar seu famoso beef, pois era uma viagem bem rápida entre uma cidade e outra, que tal aproveitar? E lá fui eu.
Enquanto o trem me levava à Kobe fui vendo o que tinha de interessante para ver e botei dois lugares na Lista o Herb Garden com seu teleférico e o bairro dos estrangeiros que era perto..
KOBE - A procura da carne Wagnu - Saiba Mais
Kobe é considerada a mais cosmopolita cidade da tradicional região de Kansai. Diferente de Kyoto e Nara que possuem profundas raízes históricas e culturais, em grande parte por terem sido ambas capitais do Japão.
Kobe tem um ar moderno e dinâmico, desapegado dos laços que a corte imperial e as elites impunham às demais.
Podemos sentir isso no bairro Kitano-cho que é uma área com arquitetura europeia. As casas são muito bonitas, além da região ser arborizada e cheia de flores.
Foi de Kobe que partiram boa parte dos imigrantes japoneses que no século 20 elegeram o Brasil como seu novo lar .
O sakê da cidade é muito apreciado. Suas águas são o diferencial e o arroz considerado premium, também faz o saquê ser considerado um dos melhores do Japão. Como não sou especialista não achei muito diferente dos que já experimentei, talvez com uns 3 ou 4 copos pudesse sentir 😉😉😊😊😋
Mas, para conhecer a Kobe verdadeira, dizem, se precisa vir em outubro, quando o festival de Jazz. Ele acontece desde de 1923, até Louis Armstrong já tocou em Kobe. As estatuas irreverentes pela pelas ruas bem demonstra o amor ao Jazz.
Brigando com o Google, novamente.
Chegando a Estação de Kobe segui para a primeira atração escolhida, o Teleférico para o Herb Garden, que fica praticamente ao lado da estação.
Praticamente, mas quando o tio Google pira e não consegue levar a lugar nenhum, não é bem assim,😓😓😒😒😃😂
Fiquei dando voltas e voltas e sempre voltava ao mesmo lugar até que resolvi perguntar para uma pessoa e ele fez os gestos de que era atras do prédio 😂😂😂😂😂😂😎😎!!!!! Credo, quase pirei na maionese nesse dia.
Já se vi que não é uma cidade voltada ao turismo de estrangeiros, não há uma placa de indicação, mesmo no local do teleférico.
O Herb Garden - Saiba Mais
Um passeio no ar, 10 minutos e 1.460m até o topo . Através das janelas do teleférico, se têm uma incrível vista panorâmica da cidade de Kobe, bem como de alguns pontos conhecidos como as Cataratas Nunobiki no Taki e Gohonmatsu Entei (Barragem Nunobiki Gohonmatsu).
A subida no teleférico é muito gostoso e uma pequena aventura porque algumas vezes ele dá solavancos assustadores. Adorei a aventura e a vista maravilhosa. Esse local deve ser lindíssimo na primavera.
São 12 extensas áreas ajardinadas onde os visitantes são recebidos por ervas e flores sazonais dispostas de acordo com diferentes temas.
A construção é em enxaimel, bem alemã e foi uma surpresa a primeira vista. Depois lembrei que estava em Kobe e iria encontrar muitos estilos de arquitetura nessa cidade tão internacional.
O Herb Garden para mim foi mais ou menos, também depois de ver as belezuras de jardins que vi, esse coitadinho não se destacava mesmo. Com certeza é porque estamos no outono, porque as fotos deles são maravilhosas.
Iria descer a pé o caminho para passar pelas trilha, mas estava com pouco tempo agora e resolvi pegar o teleférico memso.
Saindo da estação, peguei a direita e fui caminhando pelas ruas acima até começar a encontrar as mansões estrangeiras.
O bairro Kitano-cho é muito bonito, bem diferente das demais construções japoneses e se vê mesmo que são estrangeiras.
Era aqui que os estrangeiro moravam no período Edo quando eram proibidos de circular pelo país, só podiam ficar em Kobe para fazer negócios.
As casas representam um período importante do Japão e são muito bem preservadas. A maioria são residências ainda.
Durante a guerra todas essas casas foram tomadas dos estrangeiros quando esses foram expulsos, passando para o domínio japonês.
Fico me perguntando se depois da guerra elas foram retomadas já que eles perderam. Pelo que vi não.
Entre essas casas há uma , Mansão MOEGI HOUSE Saiba Mais , que foi restaurada e transformada em um museu e foi a que visitei.
A Casa Moegi (que significa 'verde-amarelo'), foi construída para abrigar o Cônsul Geral dos Estados Unidos em 1903 e designada um importante bem cultural nacional em 1980
Quando estava na sala vi as fotos do filme "O ALFAIATE" , filmado na casa devido à sua originalidade. Achei o máximo pois havia assisto a película. Vou assistir mais uma vez só para ver os detalhes.
Dali fui descendo a ladeira para ver as demais residências e procurar por um restaurante com o beef Kobe. Como já passava das 16h estavam praticamente todos fechados ainda, só abririam às 18h para a jantar.
Entrei no shopping em frente a Estação e procurei por um Izakaya e lá encontrei o que eu queria.🐂🐂
Realmente essa vaquinha custa os olhos da cara. Nem vou dizer quanto custa mas o preço do quilo passa dos 1.000 dólares.
A carne do gado Wagnu, da raça AKAUSHI Saiba Mais, é a única raça que pode ser certificada como de "KOBE". O bichinho vive confinado, é escovado todo dia, e massageado também todo dia para, ajudar na marmorização da gordura na carne e recebe acupuntura diariamente.
Escutam só música clássica para relaxar e dormem em um cobertor térmico quando esta frio. Tudo isso para nos oferece a melhor carne do mundo.
No Brasil já importaram gado Wagnu do Japão. Agora é esperar para ver se se iguala.
Essa carne de Wagnu está sensacional! Todas as fotos do castelo e da cidade estão lindas!
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