
KYOTO = MULTIDÃO
Se no roteiro anterior a multidão foi considerável, no de agora é o hors-concours. Nem pense em tirar uma foto tipo cartão postal, é pura ilusão, não há programa que limpe a multidão ao redor de você.
Chegou a ser sufocante mas como a grande maioria era mesmo de japoneses e o respeito pelo seu espaço é a essência desse povo maravilhoso, não foi tão difícil, deu pra não pirar na batatinha. 😉😉😀
Comecei o dia já morta de cansada, até parecia que estava de ressaca, ressaca do dia anterior 😜😜!!!!. Mas nada que um banho, make e café não resolvesse.
E já refeita lá saí para o meu dia já sabendo que como hoje era sábado tudo estaria ainda mais lotado. Tudo bem, quem tá na chuva é pra se molhar, vamos lá curtir!
AS ATRAÇÕES DE HOJE
FUSHIMI INARI-TAISHA - O Santuário dos mil portões Torii
O Fushimi Inari-Taisha Saiba MAis, já começou bem, trem lotado, templo igual, fazer o quê!!! vamos em frente.
Assim que se sai da estação de trem já nos deparamos com um imenso Torii vermelho laca. Não tão grande quanto o que vi ontem, mas achei mais bonito.
Passa-se por ele em um largo cainho calçado até sua entrada. Antes do portal de dois andares, no início da escadaria, estão duas estatuas pretas de raposas. As raposas são consideradas mensageiras dos deuses da agricultura e dos negócios, Inari.
Tem raposas por todo o lado e de todas as formas. Na lojas de lembrancinhas você encontra uma infinidade. Me empolguei e comprei as minhas, Vai me dar sorte e realizar meu desejo de sempre viajar "Ao infinito e além", parafraseando Buzz Lightyear 😁😁😁😂😂
Por todo o terreno do santuário se vê uma quantidade e tipos de estátuas de raposa bem grande
E, diferente dos outros templos que tem seus guardiões com rostos assustadores no seu portão, esse tem duas estatuas que parecem samurais sentados com suas armas de caça muito coloridos e bonitos.
O templo foi fundado em 711, antes de Kyoto e foi dedicado ao deus do arroz e do saquê pelo clã Hata. A medida que o papel da agricultura diminuía, divindades foram inscritas para garantir a propriedade nos empreendimentos comerciais e é a sede de cerca de 30.000 santuários Inari em todo o país. Este esta localizado no Monte Inari.
A lenda da criação do templo é bem interessante. Diz a lenda que um sacerdote atirou em um bolo de arroz, que se transformou em um cisne que voou para longe.
Por fim, o cisne pousou no pico de uma montanha, onde ocorreu em presságio auspicioso e o arroz cresceu.
Inari recebeu o nome deste milagre ("ina" significa arroz em japonês). Assim o local foi consagrado em um planalto da área de Inari Mitsugamine durante a era Wado (708-715).
A primeira parte do Santuário é sua entrada com o Portão Romon que foi construído em 1589 pelo senhor da guerra Toyotomi Hideyoshi.
O complexo do santuário é composto por cinco santuários. O edifício principal do santuário, o Go-Honden, data de 1499. No edifício principal é onde os fiéis fazem as devidas oferendas e rezam.
No templo principal estava ocorrendo uma cerimônia que achei muito bonita com um som maravilhoso. Depois descobri que no pequeno pavilhão ao lado do templo estava instalados os músico. E eu achando que eles eram manequins pois não se mexeram nem um centímetro durante o tempo todo, quando tocaram os instrumentos e cantaram o mantra levei o maior susto. 😁😁
Seguindo para a esquerda existem outros dois lances de escadas. Uma vez na área principal do santuário, há alguns edifícios para ver, incluindo o próprio santuário e um palco para danças tradicionais.
Desse ponto seguindo para a esquerda tem um elevador, para pessoas com deficiência, ou se sobe uns lances de escadas e se chega ao local que todos procuram, o início dos corredores de Toriis.
São mais de 10.000 Toriis formando longos túneis deles. Os primeiros são Torris bem grande. Praticamente todos eles tem duas inscrição, uma diz Serviços a outra Entrega e os menores estão com a dada da doação e o nome da empresa que doou. Alguns deles são do período Edo (1603-1867).É como a sala de milagres e oferendas nos santuários cristãos, você pede o milagre, se ganhar retribui com um Turii em vez velas.
Caminhei a metade do caminho, não cheguei até o topo da montanha porque seria uma caminhada de 3 horas para ir e vir, achei muito para ver as mesmas coisas, fora a vista de lá que dizem ser muito bonita, mas achei que não valia a pensa mesmo.
Pelo caminho, entrado na floresta, tem pequenos santuários para oração e mais pequeninos toriis. Essa parte é bem vazia por os turistas não chegam até lá, só os fiéis.
Então da para relaxar e apreciar natureza, o barulho dos passáramos, o vento passando na floresta. É uma lugar de muita paz e reflexão.
Quando estava esperando o trem para voltar, o shikasen da Hello Kity chegou e parou na estação, uma gracinha. Muitos dos trens no Japão são decorados, inclusive em seu interior, com animes e desenhos famosos.
Dois trens depois cheguei ao Bosque de Bambu de Arashiyama.
Bosque de Bambu de Arashiyama Saiba Mais
No início é decepcionante mas quando a gente chega do meio para fim é que se vê a beleza dele. O bosque em si só tem 500 metros e faz parte de um parque que cobre uma extensão de 16 km quadrados com dois templos. É um dos ambientes naturais do Japão mais bonitos, dizem alguns blogs. Achei bonito mas não tanto assim.
O som que o vento faz quando passa soprando através do bambuzal é sul real. Uma experiência e tanto, se estivesse em silêncio, mas é pedir muito 😁😁😂.
Ao final do bosque há dois caminhos para seguir. O da direita você vai ao templo e a esquerda você segue o parque até dar no rio.
Se vai seguindo por passeios bem delicado e bonitos, até chegar ao parque onde sentei, tomei meu lanche sentada, que havia comprado na Estação de Kyoto, sentada na mesinha e curtindo o lugar junto com outras famílias que estavam fazendo pic-pinc. Só levantei quando os borrachudos começaram a incomodar. Sim, tem disso lá 👀👀
Resolvi seguir uma estradinha que estava ladeando o bosque por fora o que foi uma delícia. Sem muitas pessoas, por um bom tempo segui praticamente sozinha apreciando a paisagem, os campos de orações de pedra.
Em alguns lugares que as pessoas acham que é mais sagrado, constroem pequenos montinhos de pedra para lembrar de seus mortos e fazem orações.
Há muitos por todos os lugares e vi isso tanto pelo Japão quanto pela Coreia. Seguindo a tradição fiz o meu próprio montinho, rezando por meus entes e agradecendo tudo que havia recebido até aqui.
O final do passeio termina nas margens do Rio Katsuragawa que estava cheio de barquinhos azuis navegando pra lá e pra cá, uma cena muito bonita e bucólica.
Fiquei sentada um tempo apreciando a brincadeira dos barquinhos e então peguei a esquerda para chegar a Ponte Togetsukyo.
Ela tem 155 m e é muito cênica. A primeira foi construída em 836, a atual é de 1934. Embora pareça ser de madeira, suas colunas e vigas são de concreto armado. Somente os parapeitos são de madeira.
O povo nela é tanto que ela tem mão pra ir e mão pra voltar, e dai-me paciência para atravessar com aquele povo todo, mas estoicamente o fiz.
Na volta da travessia, novamente se segue o fluxo, ou melhor, se é emburrada a atravessar a rua. Quando consegui a façanha de atravessar e não ser arrastada no sentido contrário, como as outras duas tentativas, segui em frente para o Templo Tenryu-ji.😕😕😉😊😃
Depois de ver os grandes e esplendidos templos até agora, esse não tinha grandes coisas. Era simples, em madeira escurecida e não era possível fotografar o interior dos pavilhões.
O Enryu-ji foi estabelecido em 1339 pelo shogun Ashikaga Takauji (1305-1358) em memória do imperador Go-Daigo (1288-1339), com o eminente mestre Zen Muso Soseki (1275-1351) nomeado abade fundador.
Os jardins do templo não era o esplendor dos demais vistos, mas muito tranquilo de se passear. O que mais gostei foi o pavilhão onde o teto tem a pintura do Dragão das Nuvem, era muito lindo.
O Dragão das Nuvens no teto do Hatto de Tenryu-ji foi pintado em 1997 pelo renomado artista nihonga Kayama Matazo (1927-2004), como um dos projetos que comemoram o 650º aniversário da morte do fundador de Tenryu-ji, Muso Kokushi.
Caminhar pelas ruas lotadas pode ser estressante mas é uma grande oportunidade para ficar observando o ir e vir de todos. O lazer de sábado dos moradores de Kyoto, num dia lindo de outono mais quente que o normal, foi bem especial.
A Floresta de Kimono fica instalada na antiga Estação de trem Randen Arashiyama, fica ao lado da rua principal de Arashiyama, perto do Patrimônio Mundial da UNESCO, o Templo Tenryu-j
Eles criaram uma floresta de tubos com parte de tecidos de kimonos. e deram uma nova vida para a velha estação. Ela conta com +- 600 pilares de acrílico medindo 2 metros de altura e posso dizer que foi uma ideia fantástica, ficou muito bonito. Foi instalada em 2012.
Mercado Nishiki Saiba Mais - Onde você enlouquece
O Mercado Nishiki está localizado em uma estreita rua de pedestres coberta, no coração de Kyoto. Apelidado de “cozinha de Kyoto”, o mercado conta com mais de 130 barracas que vendem produtos frescos e preparações típicas da cidade de Kyoto.
É um paladar para os olhos, tanto para os moradores de Kyoto, que aqui vêm fazer suas compras diárias, quanto para turistas de todo o mundo.
É de ficar sem palavras com as cores, os cheiros e a variedade de produtos que se encontram no mercado.
Além de açougues e peixarias, com produtos frescos e de qualidade, também de lojas especializadas em chá verde, doces japoneses, picles, tofu, tempura, croquetes... Tudo!
Mas o que mais amei, foi a galeria de livros e gravuras antigas. Essa me tirou do chão e quase me fez enlouquecer. Nem sei como consegui sair sem ter convulsionado meu cartão, juro, foi insano não comprar um deles, seria meu tesouro precioso.💕💕💕💕
Torre de Kyoto - Um Símbolo de Kyoto
Pra finalizar o dia fui conhecer a Kyoto Tower. Um símbolo de Quioto construído na frente da saída principal da Estação de Kyoto. Tem uma vista panorâmica proporcionada nos andares mais altos, o local também é um complexo comercial e hotel!
Mas pra dizer a verdade, foi um programinha de índio, mas a vista afinal era bonita. Posso dizer que foi o primeiro lugar no Japão que é desorganizado.
Na saída fui até o subsolo do prédio e me deliciei com uma boa cerveja e o verdadeiro sushi japonês. Nada a ver com o nosso, nada daquela porcaria de colocar crean cheese em tudo, odeio.
Como no Brasil, aqui o sushi também é caro, mas vale a pena sentir o verdadeiro gosto do sushi japonês.
Para finalizar o dia, experimentei as comprinhas de comidas e bebidas compradas no dia. O mais estranho foi a ameixa em picles. Estranho, mas não impossível de comer. O licor de laranja era forte mas muito bom e o picles de pepino estava fraco para o meu gosto picante.
As tangerinas são bem pequenas que dá para colocar inteira na boca e muito gostosa. Essa são tangerina vindas da Ilha Jeju, na Korea.
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